Com 18 finalistas, o festival comemora cinco décadas de celebração da música e cultura afro-brasileira
Foto: Saulo de Tarso / Portal Black Fem
No próximo domingo (26), o Ilê Aiyê realizará a grande final do 50º Festival de Música Negra (FMN), marcando cinco décadas de valorização da cultura afro-brasileira. O evento acontecerá na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, com abertura dos portões às 15h e início das apresentações às 16h.
Entre mais de 150 inscrições, 18 canções foram selecionadas para disputar os prêmios nas categorias “Tema” e “Poesia”. As composições vencedoras da noite integrarão o repertório do Ilê Aiyê no Carnaval e em outros eventos, perpetuando a tradição do bloco de promover histórias, culturas e personalidades afrodescendentes.
O tema do Carnaval 2025, “Kenya: Berço da Humanidade”, foi o ponto de partida para as composições da categoria Tema. Como parte de sua tradição, o Ilê Aiyê disponibilizou aos participantes uma pesquisa detalhada sobre o tema, reforçando seu papel educativo e cultural.
Para animar a celebração, além da anfitriã Band’Aiyê, a banda Filhos de Jorge subirá ao palco trazendo sucessos como “Ziriguidum”, que ganhou destaque como Música do Carnaval de 2013. Formada por Arthur Ramos, Dan Vasco e Papito Gomes, a banda é conhecida por sua sonoridade única, marcada por instrumentos percussivos exclusivos.
Premiação e legado cultural
Os três primeiros colocados de cada categoria receberão o Troféu Pássaro Preto, fantasias do bloco e prêmios em dinheiro. Na categoria Tema, o vencedor levará R$7.700, enquanto na categoria Poesia o 1º lugar será premiado com R$7.150.
Na categoria “Tema”, o que ficar em 2º lugar receberá R$7.150,00 (sete mil cento e cinquenta reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias, e o 3º lugar ganha R$6.600,00 (seis mil e seiscentos reais) o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias.
Já na categoria “Poesia”, o 2º lugar levará R$6.600,00 (seis mil e seiscentos reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias, e o 3º lugar é contemplado com R$ 6.000,00 (seis mil reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias.
Segundo Sandro Teles, produtor musical e coordenador do festival, o FMN não apenas celebra talentos musicais, mas também enriquece a memória coletiva sobre a herança africana.
“Além de dar oportunidade a compositores iniciantes e consagrados de todo o Brasil expressarem seu sentimento de autoestima, o Festival de Música Negra do Ilê Aiyê é importante atividade artístico-cultural no processo de contar e cantar a história de reinos, países, personalidades, fatos, cultura e religiosidade africana e afro-brasileira, quase sempre invisibilizadas nas nossas escolas e em nossa memória”, destaca.
Antônio Carlos Vovô, presidente do Ilê Aiyê, reforça a importância da iniciativa. “Há 50 anos, ajudamos a escrever uma história que não está nos livros pedagógicos comuns, mas está no currículo de nossas ações educativas, nas ruas do Curuzu durante o ano inteiro e na avenida durante o Carnaval. Vale lembrar que as letras das músicas que participam da final do festival são integradas a um Caderno de Educação, que é utilizado nas atividades pedagógicas da entidade.”
Os ingressos já estão disponíveis no 1º lote promocional até o dia 16 de janeiro, com valores de R$35,00 (meia) e R$70,00 (inteira) para a pista, e R$100,00 (meia) e R$200,00 (inteira) para o camarote. As vendas podem ser realizadas pelo site oficial aqui.
O 50º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê é uma realização do Ilê Aiyê em parceria com o Ministério da Cultura, Caderno 2 Produções, Itaú, Grupo Belov, e Governo da Bahia. O evento também conta com apoio da Prefeitura de Salvador e ITS Brasil.
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