“Afrotecas”: Bibliotecas de autores negros no Pará

Foto/Reprodução

O projeto “Afrotecas”, que busca fortalecer a educação antirracista no Pará, tem ganhado destaque nas escolas públicas do estado. Coordenada pelo professor Luiz Fernando França, a iniciativa tem como objetivo criar bibliotecas exclusivas com obras de autores negros. A proposta é fruto do “Projeto Kiriku”, grupo de pesquisa vinculado ao curso de licenciatura em Letras da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), criado em 2022.

O grupo se dedica a estudar literatura, história e cultura africanas, além de buscar alternativas pedagógicas para combater o racismo e promover a igualdade racial na educação infantil. Nas “Afrotecas”, os alunos têm acesso a livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais que promovem o debate racial nas escolas. Além de criar espaços de leitura e reflexão sobre as questões raciais, o projeto busca diminuir a exclusão de autores negros dos currículos escolares.

Até o momento, quatro bibliotecas já foram inauguradas em Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) do Pará, incluindo a pioneira ‘Willivane Melo’, considerada a central do projeto, e as unidades ‘Amoras’, ‘Sankofa’ e ‘Lelê’.Em setembro de 2024, secretários de educação e gestores escolares de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná participaram de uma reunião para discutir a expansão do projeto.

A previsão é de que mais seis bibliotecas sejam inauguradas nessas cidades até março de 2025, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR). Os pesquisadores também pensam em expandir e incluir outras turmas, como ensino fundamental e médio. A possibilidade é vista através da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, desde o ensino fundamental até o ensino médio.









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